Lidiana pagou R$ 500 para ser assassinada, afirma polícia
sábado, 23 de outubro de 2010 Marcadores: Praticidade Feminina
A história continua nebulosa, mas, de início, o delegado Andrade Júnior afirmou ter cem por cento de certeza de que Lidiana Severo de Oliveira (foto), uma bela e solteira jovem de 32 anos, pagou R$ 500 para se assassinada. A família dela acha um absurdo, mas o pedreiro Ricardo Nascimento Alcântara (foto), 40, o suposto assassino contratado, faz um relato com detalhes. Em nenhum momento ele entra em contradição.
Na versão da polícia (e em parte também do suspeito), Lidiana estava envolvida em um desfalque de R$ 200 mil na concessionária de veículos onde trabalhava como vendedora, em Caucaia, cidade de 334 mil habitantes da região metropolitana de Fortaleza (CE). Em desespero, ela teria decidido se matar, mas lhe faltou coragem e então teria optado pelo assassinato.
Na manhã do dia 10 de agosto, uma segunda-feira, Lidiana, em vez de ir para a concessionária, saiu à procura de alguém que lhe desse um tiro por R$ 500. Era o dinheiro que tinha naquele momento.
O delegado afirmou que Lidiana teria feito a proposta a dois ou três pessoas, até que encontrasse um que topasse, o Oliveira.
Câmeras do Controle de Tráfego mostram o pedreiro entrando no Corolla de Lidiana às 10h51min, na avenida Rogaciano Leite, perto da esquina com a avenida Murilo Borges.
No dia 11, o corpo dela foi encontrado dentro do seu carro em um bairro de Caucaia, o Tabuleiro Grande. Havia um tiro na sua cabeça.
No mesmo dia, à tarde, a polícia prendeu Alcântara, que estava na casa de um parente. Foi então que ele contou a história de que foi pago pela própria jovem para matá-la.
Alcântara disse que tentou convencer Lidiana a desistir da ideia. Como ela insistiu, ele acabou aceitando.
Quando consegue emprego, Oliveira obtém no máximo R$ 600 por mês . Ganha, portanto, um pouco mais do que a jovem lhe teria oferecido.
O pedreiro falou à polícia que, após feito o trato, Lidiana o levou para a casa dela, em uma praia a 60 quilômetros de Fortaleza, onde almoçaram e tomaram cerveja. De lá a jovem teria telefonado para a irmã pedindo para que cuidasse de sua filha de 13 anos.
A jovem teria dado a Oliveira um revólver calibre 38 e uma camisa para o caso dele se sujar de sangue. Ela teria decidido lhe dar um laptop, além do dinheiro. Mas quando a polícia prendeu Oliveira, ele estava também com um brinco, um relógio e um cordão de ouro – “presentes da Lidiana”, disse. Ela teria escrito uma carta inocentando-o, mas ele a rasgou porque seria uma prova de era o autor do crime.
A polícia levantou algumas informações que complicam o caso: alguém vinha fazendo ameaça a Lidiana por telefone, Oliveira tem ficha limpa na polícia e no interior do carro dela foram disparados dois tiros.
O delegado Andrade Júnior acredita que Oliveira errou o primeiro tiro, e Lidiana então teria desistido do assassinato, mas o pedreiro fez o segundo disparo porque estaria com interesse de ficar com o laptop e outros objetos da moça.
De dentro de sua cela, o pedreiro reafirma o que diz desde o começo: matou Lidiana porque ela pagou. “E um pouco de dinheiro sempre ajuda.”
Fonte: Paulo Roberto Lopes
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